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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Políticas Afirmativas em foco no Encontro de Extensão 2012


Um encontro de conhecimentos e experiências aconteceu nos dias 13 e 14 de dezembro na Universidade Federal de Pernambuco. Universidade e Sociedade em Diálogo é o encontro promovido anualmente pela Pró-Reitoria de Extensão, para exposição e troca de saberes extensionistas. Sediado no Centro de Ciências Biológicas, o evento teve como tema “Equidade, Diversidade e Políticas Afirmativas”, propondo a discussão sobre a integração da academia com a sociedade para a produção da cultura.

O dia de abertura (13/12) contou com o auditório lotado para a conferência “Equidade, Diversidade e Políticas Afirmativas”, do antropólogo e professor da UnB, José Jorge de Carvalho. A mesa da cerimônia foi composta pelo reitor Anísio Brasileiro, o pró-reitor de Extensão, Edilson Fernandes, a diretora do CCB, Maria Eduarda Larrazábal, o coordenador do NEAB (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros), professor José Bento, e o professor José Jorge.

A conferência do professor José Jorge teve foco na política afirmativa de cotas raciais. Tomando como base as cotas disponibilizadas pela Universidade de Brasília, das quais é o idealizador, o conferencista fez duras críticas ao Projeto de Lei nº 12.711/2012, a Lei de Cotas, recentemente aprovado pelo Governo Federal e já posto em prática.

Segundo o antropólogo, em comparação ao proveitoso modelo de cotas indiano, as cotas brasileiras estão defasadas e indevidamente confinadas à graduação. “A universidade brasileira tem de assumir sua culpa no processo que segregou a sociedade e a partir daí buscar reintegrar as minorias marginalizadas pela segregação dentro da Academia”, alega José Jorge.

Numa previsão alarmante, o palestrante receia uma nova segregação provocada pela Lei de Cotas, em que estudantes negros migrariam para as escolas públicas e os estudantes brancos e ricos ficariam estritamente em instituições privadas. “Nós (UnB) consideramos essa lei como um retrocesso ao que desenvolvíamos lá, pois damos prioridade à cota racial como motor da transformação social”, declara.  O dia 13 se encerrou com um breve debate, onde militantes da causa étnico-racial puderam discutir sobre a situação de Pernambuco no contexto nacional de políticas afirmativas.

Já na sexta-feira (14/12), aconteceu a exposição dos pôsteres dos projetos de extensão da UFPE que se inscreveram. A mostra se deu com o objetivo de apresentar os projetos à comunidade acadêmica e civil, além de premiar os melhores trabalhos. Apresentaram-se projetos nas áreas de Educação, Direitos Humanos, Comunicação, Cultura, Meio Ambiente, Saúde, Tecnologia e Trabalho.

“Esse é o momento em que o coordenador do projeto vem com seu estudante e apresenta o projeto para um público mais amplo, inclusive para a própria Academia”, ressalta o pró-reitor Edilson Fernandes, destacando o evento como a culminância do trabalho realizado durante o ano pelos extensionistas, mas também pela possibilidade de avaliar resultados.

O pôster vencedor (1º lugar) foi do projeto “Música para o coração e a alma na UTI” - Centro Recife, coordenado por Cláudia Vilela. O trabalho é vinculado ao Programa MAIS (Manifestações Artísticas Integradas à Saúde), coordenado pela professora Lenieé Maia, realizado no Hospital das Clínicas. Segue abaixo a lista dos trabalhos premiados:

1º lugar - Música parao coração e a alma na UTI - Centro Recife;
2º lugar - Uso da dramatização para prevenção ao consumo de álcool, crack e outras drogas - Centro Acadêmico de Vitória de Santo Antão;
3º lugar - Educação, sexualidade e subjetividades contemporâneas: uma experiência de formação docente em diálogo com o cinema - Centro Acadêmico do Agreste;
4º lugar - PIPEX e PIBID: Programas institucionais de apoio às escolas públicas - Centro Recife;
5º lugar - Homens, gênero e práticas de saúde: ação extensionista na região de SUAPE - Centro Recife;

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