Em apoio à causa indígena,
representantes de vários movimentos sociais marcaram presença ontem na abertura
da Semana de Povos Indígenas de Pernambuco, que aconteceu no estacionamento do
CCSA. O evento não é só uma oportunidade de dar destaque ao movimento indígena,
reivindicar direitos e trazer à luz injustiças cometidas, antes de tudo, contra
seres humanos.
A mesa de debate foi composta por
Jayme Amorim, líder do MST em Pernambuco, Plácido Junior, da CPT, e representantes
de tribos do agreste e sertão do estado. Também marcaram presença pessoas do
Centro de Comunicação e Juventude (CCJ).
“A história do Brasil mostra que
só com os movimentos sociais organizados podemos conquistar direitos” disse Eliene
de Almeida, assessora de comunicação da Comissão de Professores Indígenas de
Pernambuco, que auxiliou na organização do evento.
A questão da terra foi um dos
temas do debate de ontem. Ana Emilia Borba, do MST, comentou a importância da
articulação dos movimentos sociais. “A aliança com a causa indígena auxilia na
organização da luta do camponês, a existência e a resistência desses sujeitos
na sociedade.”
O evento também busca o
intercâmbio cultural entre Recife e os povos de Pernambuco, para evitar que a
sabedoria milenar indígena caia no esquecimento. Os índios são marginalizados pela
sociedade, por isso, a Semana é uma forma de dar voz a essa minoria. José Clayton
de Lima, mais conhecido como Carbonel, instrutor do CCJ, que capacita jovens de
comunidades populares na área de comunicação como uma forma de se expressar e
gerar fonte de renda, disse: “A causa indígena é de todos. Eles enfrentaram
muita coisa e continuam resistindo. Os jovens da comunidade, de certa forma,
passam pela mesma realidade”.
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