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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Sente dor de cabeça? Pode ser DTM

Dor e estalos no pescoço, dor de cabeça, zumbidos, dificuldade para mastigar e abrir a boca, desgaste nos dentes, edema (acúmulo de líquido em cavidades corporais) na região das articulações. Esses são alguns dos desconfortos que o paciente da disfunção temporomandibular (DTM) pode sofrer. A DTM é uma patologia complexa cujo sintoma mais conhecido é o bruxismo, que é o ato de ranger os dentes durante a noite. Apertá-los durante o dia é outro sintoma.


O paciente que tem bruxismo geralmente não tem noção da origem do seu desconforto. Isso o faz passar por outros especialistas, devido ao incômodo da dor, e uma vez chegado ao dentista, exames clínicos combinados com a aplicação de questionários, como o de qualidade de vida WHOQOL-bref, são realizados para comprovar se trata-se ou não de um caso de DTM.

A equipe responsável pelos pacientes com DTM do Hospital das Clínicas atende uma média de 120 pessoas por ano e no último mês de fevereiro reuniu grande parte deles para participarem do 3º Seminário de Disfunção Temporomandibular. A programação contou com palestras da equipe multidisciplinar, composta por profissionais de psicologia, biologia, fisioterapia, neurologia, fonoaudiologia e odontologia para contribuir no esclarecimento dos pacientes a respeito do mal que eles têm e a melhor forma para a condução do tratamento.


A professora de odontologia Marilene de Oliveira Trindade, extensionista desde que chegou na UFPE, há onze anos, é coordenadora do projeto do seminário. Ela conta que ele foi transformado num espaço de informação e também de reflexão não só por parte do estudante participante como também dos pacientes. Marilene, dedica-se tanto à causa da DTM que chega a se emocionar quando fala no assunto.

Quanto aos resultados positivos ela cita a prática da iquebana (técnica japonesa de criação de arranjos florais) no estilo sanguetsu (reproduzindo os arranjos da forma mais fiel às que as flores são encontradas na natureza) presente no tratamento dos pacientes. As aulas eram realizadas uma vez por semana no turno da tarde.


Marilene explica a diferença entre os pacientes que participaram da terapia com iquebana dos que não participaram: "Medimos com a eletrobiografia que a tonicidade dos músculos em repouso dos pacientes submetidos ao tratamento convencional, dentro da clínica de odontologia mais a prática da iquebana apresentou um resultado maior para esses pacientes do que para os outros, que não participaram da oficina."

Para o ano que vem ela já confirma a realização do quarto seminário e aproveita para fazer uma queixa: "O serviço público municipal de saúde não oferece tratamento de DTM."

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