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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Qualidade de vida para os pacientes da doença de Parkinson


Procurando aumentar a qualidade de vida dos pacientes com doença de Parkinson do Hospital das Clínicas da UFPE, foi criado o Pró-Parkinson, um projeto de extensão sob coordenação da fisioterapeuta Graça Coriolano e composto por profissionais de fisioterapia, odontologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e medicina. O atendimento aos pacientes com doença de Parkinson já existia no HC e após a criação do projeto foi otimizado, como explica a coordenadora Graça: "A novidade é que nós incrementamos a esse serviço atividades de pesquisa e serviços que têm como ênfase o atendimento, a assistência ao paciente com a doença de Parkinson".

Após o trabalho do Pró-Parkinson, o atendimento aos pacientes já é referência no estado. Às quartas-feiras, sempre pela manhã, eles participam de atividades em grupo para reduzir os efeitos causados por essa doença que afeta apenas 0,3% da população mundial. De acordo com o neurologista Amdore Asano, a assistência médica é indispensável e ele justifica a existência do projeto: "Com esse tratamento conjunto o numero de complicações (queda, pneumonia aspirativa) é bastante reduzido, o que faz melhorar a qualidade de vida. E a expectativa de vida desses pacientes aumenta muito com todos esses cuidados".

A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, depois da doença de Alzheimer. Os sintomas motores cardinais são tremor, rigidez, bradicinesia (lentidão anormal dos movimentos voluntários) e disfunções posturais. Uma vez apresentando esses sintomas, a pessoa diagnosticada com a doença pode ter o seu comprometimento mental e emocional alterados, resultando em isolamento e na diminuição de sua participação na vida social.

O Parkinson ainda não tem cura mas como lembra o neurologista Amdore, "a hipertensão arterial e a diabetes também não têm", e o Pró-Parkinson segue com suas atividades, procurando minimizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida relacionada à saúde.

Ao contrário do que muitos podem pensar, a doença de Parkinson não acomete apenas os idosos. Nadja Asano, médica do projeto, conta que por se tratar de uma doença hereditária, jovens também podem apresentar os sintomas.

A cirurgiã dentista e professora Carla Cabral conta como a odontologia pode contribuir para os pacientes do Pró-Parkinson: "Promover a saúde bucal dessas pessoas ajudando elas a ter uma melhor qualidade de vida diante da limitação da doença". Zélia Seixas, também cirurgiã dentista lembra que a saúde bucal é importante em todas as fases da vida: "Algumas bactérias que existem na boca podem ser engolidas, acarretando em transtornos gastrointestinais levando ao comprometimento da saúde geral do indivíduo".

Desde 2010 o projeto Pró-Parkinson é contemplado com os editais da UFPE e neste ano de 2012 está recebendo apoio do edital 2012/1 - UFPE-Proext - Apoio à Divulgação de Atividades Extensionistas.

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