Apesar da comemoração da Independência da Angola estar
próxima, o primeiro dia do V Encontro dos Estudantes Angolanos, no Centro de
Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), trouxe palestras com temas que promovem a
reflexão a respeito do passado de guerra e o presente de trabalho e luta por um
futuro melhor.
As palestras começaram às 14h, com a participação de Dayse
Cabral, professora do Neab UFPE, Inocência Mata, da universidade de Lisboa.
Danilson Cabaça, Moreira Coelho e Verônica Manuel representaram os alunos de
Angola.
Um panorama sobre a situação do país nos campos da educação,
da saúde, da economia e história foi feito.
Em 1975, Portugal transferiu a soberania de Angola para o
seu povo, porém, a independência foi seguida por uma guerra civil entre os três
maiores grupos nacionalistas.
As consequências da guerra civil causaram morte e devastação
no país que mal tinha nascido, como alta mortalidade infantil, doenças
transmissíveis e raras (como o vírus marburg, poliomielite, cólera).
Hoje, a perspectiva é melhor. A imagem de país explorado por
causa de seus diamantes e fontes de petróleo – até pouco tempo, as principais
fontes de renda – está sendo mudada por programas de investimento em longo
prazo, voltados para melhorar a vida dos cidadãos e gerar alternativas de
trabalho e de renda.
Programas de combate a pobreza, retomada de produção agrícola
e distribuição de água foram apresentados como algumas das soluções tomadas
pelo governo angolano.
A educação também está sendo melhorada. Em 2010, o número de
salas de aula de nível primário apresentou um aumento de 163,5%.
A crescente melhora é eminente, mas ainda há muito a se
fazer para apagar as consequências da guerra civil e da colonização portuguesa.
Como disse o palestrante Danilson Cabaça: “a luta continua, a vitória é certa”.
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