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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Pernambuco caminha para ter mais um patrimônio cultural reconhecido



Na manhã da última terça-feira de Agosto (28/08), iniciou-se o Seminário “Inventário Cultural dos Maracatus Nação de Pernambuco”, realizado no Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPE. O evento foi idealizado pelo Laboratório de História Oral e da Imagem (LAHOI), abordando o tema “Políticas Públicas para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial do Brasil”. As atividades iniciaram às 08:30, com e foram até as 18:00, com palestras e mesas redondas.
 
A professora Isabel Guillen, docente da UFPE, integrante do grupo de pesquisa, detalhou o inventário para o público presente, explicando que o material obtido varia entre entrevistas, vídeos, depoimentos, fotografias e documentação de métodos e hábitos dos grupos maracatuzeiros. No decorrer do estudo, foram feitas reuniões com presidentes das agremiações, com o intuito de conscientizá-los do processo de patrimonialização e fazê-los participar ativamente. Todo o material colhido foi posto nos parâmetros processuais e serão, ao fim da pesquisa, entregues ao IPHAN, para avaliação. Foram catalogadas agremiações, lugares, ritos, tendo como núcleo da pesquisa a memória do maracatu.
 
Em seguida, Diana Dianovsky, representante do IPHAN, apresentou como se dá o processo burocrático de patrimonialização da cultura imaterial, salientando que o bem cultural a ser patrimonializado deve constituir, essencialmente, a identidade cultural do país. Deve também ser referência cultural de algum grupo social, no caso as agremiações de maracatu nação. Por fim, ela frisou que a cultura imaterial é dinâmica e precisa ser reavaliada de 10 em 10 anos, para reafirmar a essência patrimonial atribuída. Entre os bens patrimonializados, o Frevo e a Feira de Caruaru figuram a lista de bens pernambucanos.
 
O presidente do Maracatu Aurora Africana, sediado em Jaboatão dos Guararapes, Fábio Sotero, se disse muito feliz pelo processo de inventário. “O inventário está sendo muito bom, pois está nos dando reconhecimento perante a sociedade, que infelizmente ainda não nos valoriza do jeito que deveria, com espaço e visibilidade”, diz Sotero. O processo de integração dos grupos de Maracatu Nação é, também, uma boa consequência do processo de inventário, pois nas reuniões e encontros, os integrantes podem trocar experiências, ideias, histórias, entrelaçando todos os grupos numa só vertente cultural: O maracatu.
 
O seminário continuou até a quarta-feira (29/08), iniciando as atividades às 9h, com uma dinâmica de grupo para a definição da Salvaguarda dos Maracatus Nação. Após, houve uma Plenária para indicar diretrizes para o Plano de Salvaguarda dos Maracatus Nação. O seminário se encerrou com a apresentação do baque tradicional dos maracatus nação, conduzido por Mestre Toinho.

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