No Centro de Filosofia e Ciências
Humanas da UFPE foi onde aconteceu o Seminário “Classe, raça e ação afirmativa:
a política de inclusão social numa universidade pública de Pernambuco”. O
encontro começou pelas 9:30h e teve como palestrante o professor Dr. Francisco
Jatobá, que graduou-se e fez mestrado em Sociologia pela UFPE.
Da tese de doutorado defendida na
USP, Jatobá revelou dados mostrando que os cursos superiores de alto prestígio,
como Medicina e Direito, são onde os cotistas mais se beneficiam, pelo fato do
ponto de corte para aprovação ser alto. Já nos cursos de médio e baixo
prestígio, os categorizados cotistas ingressam na universidade sem o auxílio da
cota.
Dentro da palestra discutiu-se um
dilema pertinente em relação à indefinição de qual conceito adotar: raça ou
cor? Para a raça, existem estudos precedentes e polêmicos, no campo da biologia
e da sociologia, que tornam obsoleto este conceito. Para cor, segundo Jatobá, operacionalizando
o conceito na temática étnico-racial, existe certa imaturidade perceptiva em
atestar que alguém é preto ou branco.
A cor da pele é formada por
diversas variáveis e ainda não há um sistema preciso que identifique a cor de
alguém, também pelo fato das cores terem uma cultura atrelada a elas. Daí, o
conceito mais razoável é etnia, fazendo menção, além da cor da pele, à cultura
de um povo.